Bolsonaro está certo ou errado?
Já dizia o ditado: "Pra cada pose é um flash." Assim, podemos parafrasear: "Para cada frase é um flash."
Hoje em dia é assim, todos podem falar ou fazer ou determinar, mas se for Bolsonaro... virá manchete. (Tô doido pra ela falar meu nome pra eu virar manchete também e sair do anonimato.)
Brincadeiras à parte, só pra se ter uma ideia de como funciona o négócio, o tal do deputado federal Zeca Dirceu, que diga de passagem, eu nunca tinha ouvido falar dessa maravilhosa criatura, chama um ministro de tchu-tchuca e a oposição nada ver de mais, foi apenas uma expressão, um modo de falar. Mas imagina que se Bolsonaro chamasse um deputado de Tchu-tchuca? O bonde do tigrão voltaria as paradas de sucesso. (Se eu fosse do Bonde do Tigrão rezaria pra Bolsonaro chamar alguém de tchu-tchuca também.)
Mas vamos ao que interessa, Bolsonaro errou ou acertou na SUSPENSÃO DE INSTALAÇÃO DE NOVOS RADARES?
Primeiro vamos aos termos:
Ele, o presidente da República, em sua competência, SUSPENDEU. O termo suspender neste caso é "Interromper temporariamente; Impedir temporariamente a publicação de; Retirar temporariamente de suas funções; ..." Veja que os burburinhos são sem sentido ou motivo algum, somente pra fazer barulho.
Assim, suspendeu por um motivo. Qual motivo?
Os Radares foram SUSPENSOS para serem revisados, "Jair Bolsonaro anunciou que o Ministério da Infraestrutura revisará necessidade de instalação dos equipamentos de fiscalização."
O que seria o termo revisar? "Visar novamente, Rever, fazer uma inspeção."
Ora, Normalíssimo e até de praxe que qualquer gestor público ou da iniciativa privada ou ate mesmo de representações da sociedade civil, quando assume um cargo de gestão, duvide de algumas compras, licitações, ações e faça algo para parar o andamento para rever se está tudo dentro dos conformes.
No estado do Espírito Santo, logo quando assumiu, o governador eleito, Renato Casagrande (PSB) SUSPENDEU concursos, serviços, convênios e contratações por até 120 dias e esta semana prorrogou a suspensão. (NÃO VI NENHUM BURBURINHOS CONTRA)
Quando se trata de radares, o presidente, desconfia de que algo está errado, Na avaliação do presidente, muitos desses
equipamentos são feitos para gerar retorno financeiro ao Estado.
"Ao renovar as concessões de trechos rodoviários, revisaremos todos os contratos de radares verificando a real necessidade de sua existência para que não sobrem dúvidas do enriquecimento de poucos em detrimento da paz do motorista", escreveu o presidente.
Ora, quem vive nas estradas sabe que a imprudência é grande, principalmente em relação a velocidade. Mas um erro não justifica outro, senão não estamos num estado democrático de direitos.
Há Imprudentes? Sim, há e precisam ser penalizados dentro dos ditames da lei. Mas, em contrapartida, se há irregularidades, se há má fé do administrador, se há intenções torpes, se há desvio de finalidade dos recursos, se há qualquer razão pra fugir da legalidade, precisa também ser revisto e punir os responsáveis.
Vamos começar tratando da realidade.
Estive em Iúna (Alto do Caparaó), cidade do interior do estado do Espírito Santo, divisa com Minas Gerais, indo pela BR 262, da entrada da cidade de Ibatiba/ES até a saída da BR 262 pra pegar a ES 185 em sentido a Iúna são 10,5 km, neste trecho há 6 radares.
Pensei: "não é possível que nestes 10 km havia tanto acidentes assim." E perguntei alguns moradores antigos das duas cidades se havia nesta região acidentes ou atropelamentos considerados, responderam que não. Mas, como não devamos confiar cegamente na memória, procurei dados, não achei nada fora do crível.
Vamos falar do que deve ser.
Segundo a normativa, para implantação e instalação de um radar fixo é necessário:
- Avaliação dos pontos críticos que aparecem nas estatísticas de
acidentes e desrespeito à sinalização
- Avaliação estatística da localidade escolhida para receber os
sistemas. É montada especificação para o tipo de equipamento e definido
seu parâmetro operacional
- Estudo de viabilidade para implantação do sistema na localidade.
Havendo viabilidade técnica comprovada, elabora-se projeto para instalação
dos sistemas.
- Concluída a licitação, a empresa ganhadora instala o sistema, testa
preliminarmente os equipamentos e os submete a avaliação por empresa
certificadora para liberação de operação.
- Após testes iniciais e ampla campanha de esclarecimento da
população, o sistema é liberado para início regular de operação
Dentro dessa fase de implantação deve
conter o N.º DE ACIDENTES NO LOCAL (para esta definição, considerar-se-á
um trecho máximo de quinhentos metros antes e quinhentos metros depois do
local).
Ou seja, se o radar for instalado no
km 05, deve comprovar que entre o km 4,5 e km 5,5 o índice de acidente no local
justifica a implantação do radar naquele trecho da via.
Ainda deve conter:
- Descrição dos fatores de risco:
- Histórico descritivo das medidas de engenharia
adotadas antes da instalação do equipamento:
- Outras informações julgadas necessárias:
Outra realidade:
Todos sabemos que em muitos casos não é bem assim que funciona.
Há lugares com radares fixos implantados que NUNCA houve um acidente, um atropelamento ou uma discussão e nem briga de cachorros.
Ora, natural e normal que qualquer gestor, desconfiando da lisura dos procedimentos e da finalidade faça suspensões, haja vista que radares não são serviços essenciais ao cidadão.
Agora, se o atual presidente (Jair Bolsonaro), se além dessa atitude dos radares, faça com que o Mistério das cidades, junto com demais órgãos da União, a exemplo do Ministério da Educação, faça valer a EDUCAÇÃO DE TRÂNSITO NAS ESCOLAS, receberá nota 10 da minha parte, se olhar pela categoria de Instrutores de Trânsito, os Educadores de Trânsito, os Capacitores de Trânsito, a fim de melhoria da educação de trânsito.
Veja também
Fonte:
Resolução Contran
Site R7
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário